Nada mais tradicional e polivalente que um piso de madeira. O material de celebrada característica aconchegante está presente no chão das obras mais diversas. A madeira combina com ambientes moderninhos, e com lares rústicos. Mesmo quando marcada pelo passar dos anos, ela agrega beleza aos espaços. Há quem prefira a madeira assim, judiada. Para celebrar esse material tão versátil elaboramos uma lista de dez ambientes dotados de piso amadeirado. Confira!
1. Cobertura branca
O designer carioca não resistiu ao chamado do mundo. Depois de morar durante dez anos na Europa e, em seguida, cinco na capital paulista, Brunno Jahara voltou ao Rio de Janeiro. Para vivenciar novamente as belezas naturais e o cotidiano tranquilo de sua terra natal, ele alugou um apartamento em Botafogo. Instalou ali sua arte e para valorizá-la, lançou mão do branco, que uniformiza a maior parte do setor social. A alvura vai do piso de madeira ao teto.
2. A cor do tempo
O negociador de arte Paul Johnson, depois de trabalhar junto às galerias na Bond Street e em Tribeca, resolveu montar um loft que é, ao mesmo tempo, espaço expositivo e morada, no Lower East Side. O apartamento conserva materiais e equipamentos originais, como o encanamento e o piso de madeira, que adquiriu uma cor cinzenta com o tempo. A casa de Johnson é um cruzamento entre um ninho de solteiro e um museu alternativo.
3. Soberania de madeira
Quando o jovem advogado saiu da casa dos pais, o fez em grande estilo. Contratou os serviços de Anna Backheuser, do escritório Ateliê de Arquitetura, para reformar o apartamento de 130 m² no qual se instalaria. Na ala social, paredes vieram abaixo para garantir a relação sem barreiras entre as salas de estar e jantar, e a cozinha. A integração destes ambientes se dá também pelo uso intenso da madeira clara, que está presente no piso, nas portas, na estante embutida e em alguns móveis.
4. Rusticidade nova
Apesar de amar a casa que herdou da mãe, Kurt Brunner não teria como aproveitá-la: a construção estava desmoronando. Para poder viver naquele terreno com a família, contratou o Bergmeister Wolf Architekten. Quase tudo foi demolido, exceto um muro, que foi incorporado ao projeto da casa nova. Ainda assim, a casa tem um clima rústico. O lar é uma mescla de elementos antigos e contemporâneos.
5. Mescla de materiais
O prédio era novo, e o apartamento tríplex foi comprado na planta. Mesmo assim, foi preciso mudar tudo em nome da integração dos ambientes. Guto Requena removeu paredes e mesclou materiais. O piso, no segundo pavimento, de caráter coletivo, mescla madeira e concreto. Um ponto interessante desta mistura é a sala de jantar. “Cada junção, cada ângulo foi medido, em um processo que somou a criação digital à execução artesanal e que elevou a mesa, esse objeto do cotidiano, ao status de escultura arquitetônica”, orgulha-se o arquiteto.
6. Vindo de longe
Fernando Lombardi e sua esposa, quando estiveram em Trancoso, foram seduzidos pela vista do mar e da natureza selvagem. Por isso, resolveram erguer uma casa ali. Eles optaram pelo conceito da beleza imperfeita: materiais simples e acabamentos rústicos, tentando seguir ao máximo a tipologia local. O piso foi feito com tábuas de demolição vindas do interior de Minas e o revestimento do telhado de taubilhas – telhas artesanais, fatiadas uma a uma no machado, reaproveitando sobras de madeiras – foi recuperado na região.
7. Marcas do passado
Os canadenses Paul Gross e Martha Burns sempre quiseram viver em Nova York. Quando seus filhos decidiram cursar faculdade na Big Apple, eles compraram uma propriedade de histórico industrial em Orchard Street. Sem mexer em nada, mudaram-se para o novo lar. O piso de madeira era todo marcado. Mas tais depressões remetiam ao uso anterior do imóvel, que fora uma fábrica de roupas. As antigas máquinas de costurar, pesadas como eram, afundaram a madeira que jazia sobre os pés do móvel.
8. Cor ausente
Minimalista, simples e sem nenhum toque de cor. Assim é o apartamento onde vivem o casal Hanne e Soren Berzant em Copenhague, na Dinamarca. Com o intuito de refletir bastante a vasta luz natural que adentra a morada, a base da decoração – paredes, teto e principais móveis –, é toda branca. Para combinar, o chão recebeu piso de madeira clara. As residências, assim tão pálidas, são características dos países nórdicos, onde sol é sinônimo de calor.
9. Espinha de peixe
Capitaneado pelo arquiteto Andy Martin, o AMA é responsável pelo desenho da Casa Chevron, localizada num subúrbio da região oeste de Londres. A aplicação ousada de cores, desejo do dono da casa, foi feita quase que exclusivamente nos móveis, com paredes e tetos se mantendo predominantemente brancos. O charmoso piso de taco em espinha de peixe também contribui para o abrandamento da agressividade das cores.
10. Como se fosse pátina
“Tenho verdadeira fixação por cabanas, faço-as há muito tempo. Elas se enquadram muito bem à natureza. Gosto da leveza da madeira, do sapé”, afirma a portuguesa Mónica Penaguião, que criou essa morada em Paraty para si. Com o conceito de open-space, sem divisórias entre sala e cozinha ou banheiro e quarto, o lar vale-se fortemente da madeira como acabamento. A pintura branca desgastada das tábuas lembra a pátina.
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